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SIMULAÇÃO DINÂMICA DO TREM ALVIA TALGO SÉRIE 730

ago 10, 2015

Em 24 de julho de 2015 completaram-se dois anos do acidente ferroviário do trem Talgo, série 730, que ocorreu próximo à estação de Santiago de Compostela. O trem, com oito vagões e duas locomotivas, descarrilou enquanto cobria um serviço Alvia, com as consequências fatais que todos conhecem.


Desde então, muitas hipóteses têm sido levantadas e estudos realizados no sentido de determinar as circunstâncias exatas do acidente, tendo como objetivo não apenas o aprofundamento dos acontecimentos, mas também evitar que este se repita.


A pedido do perito nomeado pelo juiz de instrução responsável pela investigação do caso, a CITEF desenvolveu uma simulação dinâmica da marcha do trem, que permite determinar o comportamento do trem Alvia 730 no trecho anterior ao seu descarrilamento. As conclusões alcançadas foram incorporadas recentemente na especificação do processo.


A avaliação do comportamento do veículo na curva em que ocorreu o descarrilamento compreende um exercício triplo de análise, composto por um estudo analítico estático, que permite obter uma estimativa da velocidade aproximada de descarrilamento; um estudo quase-estático, com a simulação do comportamento do veículo em diferentes velocidades, visando determinar a velocidade na qual o descarrilamento teria ocorrido ao percorrer a curva; e em terceiro lugar, um estudo dinâmico com a reprodução das condições reais nas quais ocorreu o acidente.


Paralelamente, analisou-se a resposta dinâmica do veículo ao transitar com a velocidade máxima de circulação permitida na curva do acidente, a fim de se obter uma referência comparativa de ambas as situações.


Para colocar a simulação em prática, foi elaborado um modelo do trem Alvia, sendo o mesmo preparado em relação ao percurso da via em que o descarrilamento ocorreu. Assim que os modelos de interação veículo-via foram completados, realizou-se sua simulação dinâmica no quesito tempo. O estudo realizado inclui, além da análise do Talgo série 730, também o trem série 130, que serve como ponto de comparação do comportamento do trem acidentado, visto que a série 730 é uma evolução da 130.



A CITEF espera e confia que as circunstâncias que levaram a este acidente não venham a se repetir no futuro, e por isso se compromete a trabalhar em prol da melhoria da segurança e eficiência do transporte ferroviário.


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